Em sua vigésima edição, o Festival Vale do Café – reconhecido por celebrar a riqueza histórica, cultural e musical do interior fluminense – ganhou um novo cenário de tirar o fôlego: pela primeira vez, o imponente Casarão da Fazenda Três Poços, no campus Olezio Galotti do Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), integrou o circuito oficial de fazendas do evento.  

Tombado pelo município de Volta Redonda, o Casarão é um verdadeiro patrimônio arquitetônico e histórico da região, construído em 1840 e repleto de simbologias que remontam à era áurea do ciclo do café. Com seu átrio solar e a escadaria em leque que impressiona os visitantes, o espaço agora se renova como palco de cultura e educação. 

Para Ana Carolina Callegario, pró-reitora de Extensão do UniFOA, a participação no festival é a realização de um sonho antigo, não apenas institucional, mas também pessoal.  

“Era uma vontade minha e da Beatriz Henriques, mostrar a grande história que nós temos dentro do nosso campus. Ter uma fazenda histórica com tanta representatividade para a região, e agora poder abrir suas portas para o Brasil e para o mundo, é um grande sonho sendo realizado e uma grande responsabilidade”, afirmou emocionada. 

A visita ao Casarão foi marcada por olhares encantados e reações emocionadas do público. “É muito interessante porque nós vemos esse casarão todos os dias, mas quando o público chega e olha para essa grandiosidade com brilho nos olhos, a emoção se torna coletiva. Estamos cumprindo nosso papel como instituição de ensino, mas também exercendo um papel fundamental na preservação e valorização da história de Volta Redonda”, completou Ana Carolina. 

O diretor-geral do Festival Vale do Café, Nelson Drucker, também ressaltou o acolhimento e a beleza do espaço: “O atendimento que foi dado aqui emocionou a gente. O trabalho, o cuidado, a simpatia e o profissionalismo da equipe fizeram com que os turistas se sentissem acolhidos. A fazenda é hiper histórica, e esse tipo de vivência permite que as pessoas queiram voltar, visitar com mais calma e mergulhar ainda mais nos circuitos culturais da região.” 

Além da visita guiada ao Casarão, a programação também integrou uma apresentação musical especial do grupo Choro Nota Dez, no Centro Histórico-Cultural Dauro Aragão. O espetáculo “Entre o Choro e o Afro-Samba: Homenagem a Baden Powell” trouxe um tributo elegante e cheio de suingue ao mestre da música brasileira, encantando o público com arranjos clássicos e interpretações vibrantes. 

O encerramento da visita ao Casarão foi marcado por uma homenagem ao UniFOA, em agradecimento à parceria com o festival, e por um momento de confraternização com um lanche especial, composto por quitutes típicos que fazem parte da tradição culinária do Vale do Café, mais uma forma de contar a história por meio dos sentidos. 

Inclusão e acessibilidade: cultura para todos no Festival Vale do Café 

A estreia do Casarão do UniFOA no Festival Vale do Café também foi marcada por um momento de inclusão genuína. Um grupo de visitantes surdos participou da programação acompanhado por um intérprete de Libras, graças à atuação da Seeds Acessibilidade — empresa especializada em acessibilidade cultural, fundada por Aline Dias. Diferentemente de uma simples tradução simultânea, a proposta da Seeds é criar experiências significativas, promovendo o pertencimento e a valorização da comunidade surda.

“O grupo de surdos veio por incentivo do próprio festival, que já possui uma preocupação evidente com acessibilidade. Nossa missão vai além de interpretar falas: buscamos levar esse público aos eventos desde a etapa do convite, promovendo engajamento e preparando o terreno para uma experiência verdadeiramente inclusiva”, explicou Aline. 

A relação afetiva também se estende à interação com o público ouvinte. A presença do intérprete de Libras acaba promovendo um intercâmbio espontâneo: muitos visitantes aprendem sinais básicos para interagir com os surdos, gerando uma troca cultural enriquecedora para todos. 

“O sentimento deles é de pertencimento, gratidão e empoderamento. A acessibilidade não é apenas um recurso técnico, mas um pilar de cidadania. E o Festival Vale do Café, sob a direção de Nelson Drucker, tem essa visão educativa e sensível, construindo a inclusão de forma responsável e comprometida.” 

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Fruto de um projeto de extensão do curso de Educação Física do UniFOA, coordenado pelos professores Cássio Martins e Silvio Vilela, com participação ativa dos alunos da disciplina Práticas Corporais de Aventura, o Zoológico Municipal passará a contar com a cadeira Julietti, importante na promoção da acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

A cadeira foi originalmente criada por um casal de engenheiros e montanhistas após o diagnóstico de uma doença degenerativa na esposa, que passou a ter limitações motoras. Determinado a continuar realizando trilhas com ela, o marido desenvolveu um modelo específico para terrenos acidentados. Hoje, a cadeira Julietti é patenteada e distribuída para parques e espaços naturais em todo o Brasil, com o propósito de ampliar o acesso à natureza e ao esporte.

Em Volta Redonda, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico recebeu unidades da cadeira, mas enfrentava dúvidas sobre como aplicá-las de maneira eficiente. Durante uma vivência no zoológico com um cadeirante, foi percebido que a cadeira, além de facilitar o deslocamento, proporcionava uma experiência de visitação diferenciada: permitia melhor visualização dos animais, muitas vezes comprometida nas cadeiras convencionais por conta da altura dos muros de proteção.

A partir dessa percepção, a Secretaria procurou o professor Cássio, que, junto aos alunos, assumiu o desafio de criar um material educativo acessível e funcional. “A ideia foi desenvolver um manual com linguagem simples, vídeos explicativos, QR codes e recursos de acessibilidade como audiodescrição e Libras”, explicou o docente.

A produção passou por várias etapas: testes da cadeira no campus do UniFOA, ensaios com pessoas de diferentes perfis físicos e gravação de vídeos com apoio de professores de Design e da professora Andrea, responsável pela acessibilidade do conteúdo.

Os alunos Caleb Prado, João, Jonathan do Valle, Leonardo Machado, João Vitor Teixeira, Lucas do Carmo e Luiz Fellipe Portilho se engajaram fortemente no projeto. João relatou o impacto emocional ao conhecer a história dos criadores da cadeira: “Ver o quanto a Julietti transformou a vida daquela mulher nos deu ainda mais vontade de fazer tudo com excelência. Foi emocionante.”

Jonathan destacou como o projeto ampliou sua percepção sobre inclusão: “Muitas vezes a gente não percebe que um simples detalhe, como a altura de um muro, pode impedir alguém de ver os animais. Isso muda completamente a experiência. E agora, com a Julietti, essa barreira começa a ser quebrada.”

A Prefeitura já iniciou a implementação do projeto. A ideia é permitir o agendamento do uso da cadeira em espaços como o zoológico, o parque aquático da Ilha São João e outras áreas públicas. O material gráfico criado pelas alunas do curso de Design, Luana Pereira, Brígida Regnier e Kamini Villas-Bôas, sob a orientação dos professores, Aline Botelho e Bruno Correa será impresso em banners e folders, além de materiais para as redes sociais, além de serem disponibilizado por QR codes.

Mais do que uma proposta acadêmica, o projeto se tornou um instrumento de cidadania. “Foi muito mais do que um trabalho de sala de aula. É um projeto com peso social, que mostra o potencial da Educação Física em promover inclusão e dignidade”, afirmou Caleb.

Os estudantes também reforçam que a ação pode inspirar outras cidades a adotarem iniciativas semelhantes. “O que fizemos aqui pode servir de modelo. A acessibilidade não deve ser vista como uma obrigação, mas como um compromisso com a dignidade humana”, completou Jonathan.

Com projetos como esse, o UniFOA reafirma seu compromisso com uma educação que transforma, dentro e fora da sala de aula.

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Fruto de um projeto de pesquisa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC-PIBIT/UniFOA – Edital 2023), o e-book “Treinamento em Boas Práticas para Manipuladores de Alimentos” foi produzido pela professora do curso de Nutrição, Kamila de Oliveira do Nascimento e pela egressa do curso, Márcia Renata da Silva. A publicação tem como principal objetivo apoiar nutricionistas na condução de treinamentos voltados a manipuladores de alimentos, tornando o processo mais eficaz, prático e acessível.

A obra se destaca por oferecer um conteúdo direto e didático, servindo tanto como material de apoio durante as capacitações quanto como fonte de consulta no dia a dia de trabalho. Além disso, contribui significativamente para a conscientização dos colaboradores sobre a importância da segurança dos alimentos no ambiente de produção.

Segundo Kamila, a ideia surgiu a partir da observação da rotina profissional dos nutricionistas e das dificuldades enfrentadas por eles ao aplicar os princípios das Boas Práticas de Fabricação (BPF). “Durante um projeto com manipuladores de alimentos em empresas de fast food, percebemos que, mesmo após os treinamentos, ainda havia dúvidas recorrentes. Foi aí que identificamos a necessidade de um material de apoio mais direto, que facilitasse o entendimento e a aplicação das normas”, explica.

As BPFs representam um conjunto de procedimentos essenciais para garantir que os alimentos sejam produzidos com segurança, qualidade e em conformidade com a legislação sanitária vigente. “Nosso maior objetivo foi transformar o conhecimento técnico em ações seguras e eficientes, com uma linguagem acessível e aplicável à realidade dos serviços de alimentação”, reforça Kamila.

O impacto do e-book vai além do ambiente acadêmico, atingindo diretamente a prática profissional. “Acreditamos que ele qualifica e, ao mesmo tempo, simplifica. É uma ferramenta que ajuda o nutricionista a sistematizar o conteúdo, aprimorar os treinamentos e promover mudanças efetivas na rotina das cozinhas”, afirma.

Para Márcia e Kamila, o apoio institucional do UniFOA foi fundamental para a concretização do projeto. “Este trabalho começou como uma pesquisa científica e evoluiu para um Trabalho de Conclusão de Curso. Contar com uma instituição que valoriza a ciência e oferece estrutura para desenvolver projetos como esse é essencial. Saber que esse conhecimento pode contribuir para a saúde da população e fortalecer a atuação de colegas de profissão é motivo de muito orgulho”, finalizam.

O e-book está disponível gratuitamente e pode ser acessado por nutricionistas, estudantes e demais interessados na área de segurança dos alimentos.

Acesse o e-book aqui.

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