O Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA) está com inscrições abertas para o processo seletivo do Mestrado Profissional em Materiais (MEMAT), com ingresso no segundo semestre de 2025. A seleção tem como objetivo o preenchimento de vagas, com ou sem concessão de bolsas sociais, conforme normas previstas no edital e em conformidade com a legislação educacional vigente.
O UniFOA concederá quatro bolsas sociais parciais (50%) sobre o valor das mensalidades, destinadas exclusivamente aos candidatos ingressantes no segundo semestre deste ano. A iniciativa busca ampliar o acesso à pós-graduação e fomentar a qualificação de profissionais na área de Materiais, seguindo critérios socioeconômicos definidos no edital.
Podem concorrer às bolsas os candidatos que apresentem renda familiar bruta mensal per capita igual ou inferior a três salários mínimos federais, mediante comprovação por meio da documentação exigida para análise socioeconômica.
Os interessados em ingressar no Mestrado Profissional em Materiais (MEMAT) devem realizar suas inscrições até o dia 27 de agosto. O prazo máximo para envio da documentação no Ambiente Virtual é 28 de agosto.
Mais informações sobre o processo seletivo, incluindo critérios de participação, prazos e documentação necessária, estão disponíveis no edital completo, publicado no site oficial do UniFOA.
Informações e inscrições: https://www.unifoa.edu.br/mestrado/memat/#inscricao
O engenheiro projetista João Altenir Lopes e egresso do Mestrado Profissional em Materiais (MEMAT) do UniFOA acaba de conquistar um marco relevante para a pesquisa acadêmica e para a inovação na indústria pesada. A patente concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) em abril de 2025 reconhece oficialmente a invenção de uma tinta refratária de alta eficiência, capaz de aumentar drasticamente a vida útil das lanças de oxigênio utilizadas em conversores LD (Linz-Donawitz) no processo de produção de aço.
A invenção que foi desenvolvida pelo aluno do sob orientação do professor doutor Bruno Chaboli Gambarato, é resultado de uma longa trajetória de observação e aprimoramento técnico. Segundo o autor do projeto, a ideia teve origem em 2014, quando foi chamado por uma empresa da região para redesenhar um equipamento patenteado que apresentava deficiências. A partir dessa experiência, João criou um sistema de raspagem para lanças de oxigênio usado inicialmente na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). “O equipamento chegou a aumentar a durabilidade das lanças de 12 para 200 corridas”, comentou.
No entanto, a remoção da escória metálica ainda não era completamente eficiente. “A composição da escória varia muito conforme os elementos utilizados no controle térmico do forno. Quando ela se torna mais metálica, o raspador tradicional não consegue atuar com eficiência total. Foi aí que surgiu a ideia de um revestimento protetor que pudesse evitar a aderência do material à lança”, explica João.
A tinta desenvolvida é à base de água e utiliza insumos reaproveitados da própria indústria siderúrgica, como escória de alto-forno, óxido de magnésio, finos de carvão e pó de diatomita. Um dos diferenciais técnicos da formulação é a presença da vermiculita, um mineral com propriedades de expansão térmica que permite o craquelamento controlado da superfície. Isso impede a adesão da escória mesmo em ambientes que operam a temperaturas superiores a 1.600°C.
De acordo com o professor Bruno Gambarato, a inovação combina sustentabilidade, aplicabilidade industrial e um alto potencial de retorno econômico. “A proposta vai muito além de um revestimento eficiente. Estamos falando de uma solução que reduz paradas não programadas, evita desperdícios e aumenta a produtividade do forno com um custo operacional extremamente baixo. É uma contribuição real e mensurável para o setor”, destaca.
O processo de pesquisa, no entanto, não foi isento de dificuldades. Para chegar a uma composição segura, João precisou driblar a escassez de dados técnicos detalhados e protegidos por segredos industriais. A escolha dos materiais também exigiu cautela, uma vez que qualquer alteração na composição química do aço comprometeria sua integridade. “Foi necessário encontrar componentes que não reagissem com o metal líquido, mas que pudessem se integrar à escória sem causar interferência no processo”, relata.
A pandemia de Covid-19 foi outro obstáculo enfrentado durante o desenvolvimento. Com o fechamento dos laboratórios universitários, João precisou montar um espaço experimental em casa, onde realizou testes, misturas e protótipos. Mesmo com as restrições, conseguiu concluir a pesquisa e dar início ao processo de patenteamento junto ao INPI em 2022. O registro foi aprovado em apenas dois anos, um prazo curto considerando que a média de concessão gira em torno de quatro a cinco anos.
“Receber essa patente ainda durante o mestrado foi uma surpresa gratificante. Eu já tinha outras patentes anteriores, mas nenhuma delas tramitou tão rapidamente. Isso reforça o valor inovador dessa invenção e a solidez do projeto desenvolvido com apoio do UniFOA”, afirma João.
Além dos ganhos operacionais, a tinta representa um avanço em termos de segurança e sustentabilidade. Por ser formulada à base de água, reduz os riscos de exposição a solventes agressivos e facilita o manuseio por parte dos operadores. A utilização de coprodutos também reduz o impacto ambiental e dá nova finalidade a resíduos que, muitas vezes, são descartados sem aproveitamento.
Na visão do professor Bruno, o projeto simboliza o papel estratégico do MEMAT na geração de soluções práticas e aplicáveis à realidade produtiva. “Nosso mestrado tem esse foco: formar profissionais com visão técnica apurada, capazes de enxergar os gargalos da indústria e propor soluções eficazes. O trabalho do João é exemplo disso e mostra como a universidade pode ser protagonista da inovação”, conclui.
A invenção já está em fase de testes industriais avançados e pode representar, nos próximos anos, uma mudança significativa na forma como se realiza o controle térmico e a manutenção preventiva em siderúrgicas. Com tempo de retorno estimado entre quatro e seis meses, a nova tecnologia se apresenta como uma aliada estratégica da competitividade no setor metalúrgico.
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A egressa do curso de Engenharia de Produção e do Mestrado Profissional em Materiais (MEMAT) do UniFOA, Julia Cardoso Landim, conquistou uma das vagas no doutorado do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), considerada uma das seleções mais concorridas do Brasil. Além disso, também foi aprovada no Instituto Militar de Engenharia (IME), consolidando seu destaque acadêmico.
"Ambos os processos seletivos foram extremamente desafiadores, pois são as instituições mais concorridas do país. Tive muito receio de não ser aprovada, mas contei com o apoio incondicional do meu marido, dos meus pais e da minha orientadora, Prof. Cirlene Bandeira, que acreditaram em mim mais do que eu mesma", compartilhou Julia.
A trajetória acadêmica da egressa começou no Centro Universitário de Volta Redonda, onde concluiu a graduação em Engenharia de Produção no final de 2022 e o Mestrado Profissional em Materiais (MEMAT) no final de 2024. Seu interesse pela pesquisa surgiu logo no início da graduação, o que a levou a se envolver em projetos acadêmicos e a desenvolver um perfil voltado à investigação científica.
"Desde o primeiro semestre da graduação, me envolvi em projetos de pesquisa e descobri minha paixão pela área. O doutorado sempre foi meu maior objetivo, e foi por meio da pesquisa que encontrei o caminho para realizá-lo", afirmou Julia.
A conquista de Julia reforça a excelência da formação oferecida pelo UniFOA. Para a coordenadora do curso de Engenharia de Produção, professora Samantha Grisol, essa aprovação é um marco significativo.
"Essa conquista não é apenas um reconhecimento do talento da Julia, mas também evidencia a qualidade da formação oferecida pelo UniFOA. Nossa instituição prepara profissionais altamente qualificados, prontos para enfrentar desafios acadêmicos e do mercado de trabalho. Além disso, a trajetória dela serve de inspiração para outros alunos, mostrando que é possível alcançar grandes feitos com dedicação e base sólida de ensino", destacou a coordenadora.
A estrutura acadêmica do UniFOA desempenhou um papel essencial nesse processo, incentivando Julia e outros estudantes a explorarem seu potencial por meio de projetos de pesquisa, eventos e atividades extracurriculares.
"O corpo docente do UniFOA sempre me incentivou muito, com alguns professores desempenhando um papel ainda mais ativo. Destaco a professora Cirlene Bandeira, minha orientadora no mestrado, as professoras Sirlei Bubnoffe e Janaina Oliveira, minhas orientadoras no TCC, e o professor Sérgio Montoro. Eles me ofereceram suporte acadêmico e orientação estratégica para aprimorar meu currículo e me preparar para desafios acadêmicos maiores", explicou Julia.
Sua orientadora no mestrado, a professora Cirlene Bandeira, destacou o talento e a dedicação da estudante. "Desde a graduação, Julia demonstrava um grande interesse por pesquisa e uma capacidade excepcional. Quando ela ingressou no mestrado e me escolheu como orientadora, foi uma grata surpresa. Sua habilidade na escrita e na investigação acadêmica resultou em um trabalho de alta qualidade, que, inclusive, estamos solicitando patente. Sua aprovação em duas das instituições mais renomadas do país é fruto do seu esforço e do seu comprometimento", ressaltou.
A coordenadora do curso reforça a importância desse suporte acadêmico. "O UniFOA teve um papel fundamental no desenvolvimento acadêmico da Julia, oferecendo uma estrutura de ensino que estimula a pesquisa, o pensamento crítico e a inovação. A instituição proporciona oportunidades por meio de projetos de iniciação científica, eventos acadêmicos e o incentivo ao envolvimento em atividades extracurriculares. O apoio dos professores e a qualidade do ensino foram essenciais para que ela se sentisse preparada para enfrentar os desafios de um doutorado em uma das melhores instituições do país", enfatizou Samantha.
Agora, Julia iniciará seu doutorado no ITA no programa de Ciências e Tecnologias Espaciais, com foco em materiais para aplicação espacial. Sua história de sucesso reforça a missão do UniFOA de formar profissionais qualificados, aptos a ocupar espaços de relevância nacional e internacional. Seu exemplo é uma inspiração para aqueles que sonham em seguir a carreira acadêmica e acreditam que a educação é o caminho para grandes conquistas.
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O programa de mestrado do Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), lançou o edital para cadastro para docentes da seguinte maneira:
Poderão se inscrever no processo seletivo, os candidatos com formação de nível superior, com a titulação mínima de Doutor, reconhecido pelo Ministério da Educação - MEC e que pertençam ao quadro de professores do UniFOA.
As inscrições para o cadastro de Reserva para Docente Permanente deverão ser realizadas via formulário eletrônico disponibilizado por meio do link https://forms.office.com/r/hkXRSKv999 com acesso pelo site do UniFOA.
Para o Cadastro de Reserva do Corpo Docente Colaborador as inscrições deverão ser realizadas via formulário https://forms.office.com/r/RgwpAqHB16 com acesso pelo site do UniFOA.
Não haverá taxa de inscrição.
Mais informações:
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