
O curso de Medicina do Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA) promoveu uma simulação realística com múltiplas vítimas, reunindo estudantes de diferentes períodos em um cenário de emergência que envolveu também a participação do curso de Educação Física. A atividade teve como objetivo aproximar os alunos da vivência prática em situações críticas, em um ambiente controlado, mas com alto grau de realismo.
De acordo com o coordenador do curso de Medicina, professor Júlio Aragão, o exercício foi planejado para desafiar os participantes a pensarem de forma estratégica diante de um grande número de vítimas.
“Estamos preparando uma simulação complexa, em que os estudantes precisam raciocinar não apenas sobre quem está mais grave, mas sobre quem tem maior chance de sobrevivência. Às vezes, é necessário priorizar três pacientes em estado moderado para salvar mais vidas, em vez de dedicar todo o tempo a um caso extremamente crítico. É uma experiência que exige raciocínio rápido e tomada de decisão sob pressão”, explicou.
O professor destacou ainda o envolvimento coletivo dos alunos na organização do evento.
“Eles mesmos se dividem entre os papéis de vítimas e socorristas, revezando a cada rodada. Temos também uma equipe de maquiadores que trabalha nas simulações de ferimentos, tornando o cenário ainda mais realista”, completou.
A simulação também marcou a integração entre os cursos de Medicina e Educação Física, fortalecendo o aprendizado interdisciplinar.
“Os estudantes de Educação Física têm aulas de primeiros socorros, então é uma parceria natural. Queremos ampliar ainda mais essa integração nas próximas edições, trazendo inclusive alunos de Comunicação para realizarem a cobertura jornalística em tempo real”, acrescentou Júlio.
O professor Rodolfo Silva, do curso de Educação Física, ressaltou a importância da vivência prática e da maturidade emocional desenvolvida nesse tipo de experiência:
“A maturidade técnica geralmente vem antes da maturidade emocional. Simulados como esse ajudam a trazer essa maturidade emocional para quem já domina a parte técnica. É impossível ter equilíbrio emocional sem base técnica e a simulação realística cria essa condição, porque o ambiente é intenso, com vítimas gritando, chorando, reclamando de dor, algumas inconscientes. Isso tudo prepara os futuros profissionais para lidar com situações reais de forma segura e responsável.”
Ele também destacou o valor da integração entre as áreas da saúde:
“O primeiro socorro pode ser realizado por qualquer pessoa, e aqui temos duas áreas trabalhando em conjunto, Educação Física e Medicina. O profissional de Educação Física, inclusive, precisa se capacitar em primeiros socorros a cada dois anos. Ver essas áreas atuando lado a lado no atendimento pré-hospitalar é incrível. É uma vivência rica, que amplia a percepção de ambos os grupos e fortalece o cuidado com a sociedade.”
Para o estudante Theo Fonseca, diretor científico da Liga Acadêmica de Suporte Emergencial e Intensivo (LASEI) e um dos responsáveis pela organização, o evento representa um marco na formação médica.
“É uma experiência muito próxima da realidade. Tivemos apoio de instrutores experientes, do pessoal do SAMU, que realizou um treinamento teórico, e conseguimos simular um ambiente de urgência. Isso nos prepara para o trabalho em equipe e para reagir com segurança em situações de crise”, destacou.
As alunas do curso de Educação Física também participaram ativamente da ação, tanto como vítimas quanto como socorristas.
“É uma vivência muito rica, porque nos coloca em contato direto com o que pode acontecer de verdade. Assim, conseguimos relembrar técnicas de primeiros socorros e compreender como agir diante de um acidente real”, contou uma das estudantes.
Outra participante relatou que as aulas de primeiros socorros já foram fundamentais fora da faculdade:
“Meu filho se engasgou com uma pedra e eu soube exatamente o que fazer. Essa experiência mostra o quanto esse tipo de atividade é importante para a vida real.”
A estudante Marcela Martins, do 6º período de Medicina e integrante da LASEI, também destacou o valor da experiência:
“Participei da primeira simulação como socorrista e agora estou vivendo o outro lado, como vítima. É uma oportunidade incrível, porque o contato realístico faz a gente fixar melhor o que aprende em sala. A maquiagem e o realismo da cena aumentam a adrenalina e nos preparam para a prática profissional.”
A atividade reforça a formação completa e humanizada em saúde que o UniFOA promove, unindo teoria e prática em experiências inovadoras que desenvolvem habilidades técnicas, emocionais e de trabalho em equipe competências essenciais para o futuro profissional.










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