Feito inédito para o Sul Fluminense, a primeira cirurgia ortognática da região por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) foi realizada no dia 1º de novembro, no Hospital São João Batista (HSJB), em Volta Redonda. O procedimento cirúrgico pioneiro foi realizado em um jovem de 19 anos. A equipe responsável foi comandada pelo cirurgião-bucomaxilofacial Felipe Condé, professor do curso de Odontologia no Centro Universitário de Volta Redonda, doutor em Técnicas Operatórias, e pelo médico Edivan de Paula, que colaborou como primeiro assistente.
A cirurgia, que é destinada ao tratamento de deformidades dentofaciais (relativas aos ossos da face), até então era realizada em Volta Redonda apenas em unidades hospitalares privadas, seja por meio de planos de saúde ou de forma particular.
Felipe Condé conta que o foco principal do Serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial do HSJB, do qual é o coordenador, sempre foi o atendimento ao paciente com fratura faciais, uma vez que a unidade é um hospital de emergência. “Porém, com o apoio da nova direção do Hospital São João Batista, desse novo governo, começamos a partir de hoje (quarta-feira) a tratar pacientes com deformidades dentofaciais, que acometem não só indivíduos jovens, mas adultos também”, afirmou.
O cirurgião explicou, ainda, que esse tipo de deformidade costuma ser de causa congênita, mas também pode surgir por causas adquiridas. “Realizamos a cirurgia nesse jovem, que já vinha à procura dela há muito tempo pelo SUS, e a direção do hospital nos deu essa oportunidade maravilhosa de começar a realizar as cirurgias pelo Sistema Único de Saúde. É uma novidade que vai beneficiar diversos usuários que não têm condições de fazer esse tipo de procedimento, que só era realizado de forma particular ou pelo plano de saúde”, comemora.
Felipe ressalta que a cirurgia ortognática era realizada no estado do Rio apenas no Into (Instituto de Traumatologia e Ortopedia), na capital fluminense, que era até então a referência para o encaminhamento dos pacientes. “Mas a partir de agora realizaremos essas cirurgias aqui em Volta Redonda, graças ao apoio da direção do hospital e da prefeitura”.
Mãe do paciente que passou pela cirurgia, a dona de casa Carla de Oliveira Souza, de 40 anos, agradeceu à prefeitura, ao SUS, ao doutor Felipe Condé e a Deus pela realização do procedimento. “Sem eles não teríamos conseguido, estávamos aguardando há quase dez anos por essa cirurgia. Meu filho sofreu muito bullying por causa de seu problema na face, sentia muita falta de ar, mal-estar, e hoje foi a realização de um sonho, pois meu filho vai ter a autoestima renovada. Recebo como um presente a cirurgia do meu filho, e essa porta foi aberta para que outras pessoas sejam presenteadas também”.
Os avanços nas cirurgias, tratamentos e procedimentos ortodônticos permitem que pessoas com deformidades dentofaciais congênitas – ou que sofreram traumas faciais com fraturas complexas dos maxilares – possam ter uma expressiva melhoria na qualidade de vida, seja na parte da saúde quanto ao que se refere à autoestima. Um desses progressos é justamente a cirurgia ortognática pela qual passou o jovem de 19 anos nessa quarta-feira, uma das etapas pelas quais ele passou.
Antes do procedimento cirúrgico, é preciso que o paciente faça o alinhamento e nivele os dentes nas arcadas por meio de um tratamento ortodôntico. O passo seguinte, em que são tratadas as deformidades facial e dentária, é uma série de osteotomias na face. Já o planejamento cirúrgico e feito digitalmente e inclui todas as informações ósseas e dentais do paciente. É dessa forma que a equipe responsável pela cirurgia ortognática consegue fazer a simulação e planejamento cirúrgico por meio do computador, visando uma maior precisão do procedimento.
Todo esse cuidado é necessário devido à complexidade da cirurgia, que envolve três seguimentos da face: a maxila, a mandíbula e o mento (parte inferior do rosto, abaixo dos lábios). Durante o procedimento, os profissionais médicos cortam os ossos por meio de ponteiras ultrassônicas, separando-os da face; em seguida, eles voltam a ser fixados, desta vez na posição correta e anatômica.
Com o fim da cirurgia, o paciente permanece na instituição hospitalar por um prazo que vai de 24h a 48h. Após a alta, ele passa a ser acompanhado semanalmente, por dois meses, pelo cirurgião-bucomaxilofacial, sendo encaminhado posteriormente a um ortodontista, responsável pelos refinamentos ortodônticos até a alta definitiva.
O cirurgião Felipe Condé explicou antes da realização da cirurgia que as pessoas com deformidades dentofaciais apresentam alterações no crescimento ósseo dos maxilares, o que resulta em alterações no encaixe dos dentes que não podem ser resolvidos apenas com o uso de aparelhos ortodônticos.
“A cirurgia ortognática é fundamental para o sucesso do tratamento e a reabilitação funcional e estética do paciente. Após a cirurgia, o paciente tem suas funções restauradas e passa a falar, sorrir, mastigar e respirar adequadamente. Além disso, após o procedimento o paciente fica com a face harmônica, anatomicamente com os ossos na posição correta, e esteticamente com o perfil bem agradável”, explicou.
O coordenador do curso de especialização em Endodontia do UniFOA, Leonardo Barroso, trouxe aos estudantes na última quinta-feira, 5 de outubro, o renomeado dentista e professor Gustavo Almeida, que foi convidado para uma apresentação técnica aos alunos de pós graduação de Odontologia. Gustavo, que veio da Bahia especialmente para a ocasião, ministrou dois módulos específicos do curso com aulas teóricas: "Localização de Canais Radiculares: Quem procura acha!!" e "Endodontia em sessão única".
Especialista em Endo e com doutorado na área pela UnB-Brasília, Gustavo foi convidado pela instituição a compartilhar seu vasto conhecimento e referência, além de desenvolver técnicas únicas como identificação de raízes extra, instrumentação com sistemas reciprocantes e tratamentos endodônticos em sessão única. Ele também é membro ativo da Sociedade Brasileira de Endodontia, membro ativo do Fórum Brasileiro de Endodontia e consultor técnico da Easy Equipamentos Odontológicos.
Gustavo se declarou muito feliz em aceitar o convite do coordenador e ter a oportunidade de compartilhar seus estudos. Ele também não poupou elogios às instalações da faculdade: “É uma honra estar aqui. Conheci o campus hoje e fiquei impressionado com a estrutura e organização da instituição, realmente exemplar” disse o professor. Quanto a distância percorrida, não foi empecilho. “Com certeza foi delicada, pois estou a 1500 km do meu Estado, pego avião, ônibus, carro de aplicativos, então é uma viagem bem longa. Mas é a única dificuldade de adaptação para poder estar aqui hoje”, comemorou com entusiasmo sua vinda.
O coordenador Leonardo se mostrou bastante satisfeito ao conseguir trazer o professor Gustavo para lecionar no UniFOA. Ao ser questionado sobre o motivo do grande esforço para fazer com que ele ministrasse algumas aulas do curso, Leonardo foi bem claro: “Gustavo é um professor renomado no país inteiro e é uma pessoa que tem uma técnica muito específica para lidar com essa área do tratamento de canal. Como já tenho um laço muito grande de amizade com ele, isso facilitou para que o trouxéssemos e ele pudesse transmitir um pouco do grande conhecimento dele”.
Atualmente, no curso de especialização do UniFOA, há duas turmas de Endo em andamento no programa de especialização, e para futuros módulos a coordenação planeja repetir a visita.
Para mais informações e conhecer os cursos de especialização do UniFOA, acesse o link.
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O Auditório William Monachesi foi palco do Programa Futuro Profissional Colgate, evento que acontece anualmente em parceria com o curso de Odontologia do Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA. Os assuntos discutidos durante a palestra, no dia 10 de maio, foram desde tecnologia para hipersensibilidade dentária, escovas dentárias até gestão e marketing na Odontologia.
A cirurgiã-dentista Verônica Ávila abriu o evento explicando as novidades da empresa, os temas que seriam apresentados e o aplicativo Colgate StuDENT, em que os alunos podem encontrar materiais de estudo e jogos educativos. “É muito importante essa parceria da Colgate com o UniFOA e, principalmente, com vocês. Nós zelamos muito, para que isso continue acontecendo anualmente”, declara Verônica. Além disso, a empresa de produtos de higiene oral e saúde bucal, fez a doação de oito mil kits do Dr. Dentuço para os projetos sociais desenvolvidos pelo curso.
A palestra seguiu com a cirurgiã-dentista Caroline Moraes, que aprofundou sobre cada tema proposto e ofereceu dicas para os graduandos. Ela ainda comentou sobre a importância da experiência adquirida no estágio. “Mudou minha vida acadêmica, aprendi coisas ali que ainda nem tinha visto na graduação”.
Para esse ano, Gestão e Marketing na Odontologia foram os temas escolhidos. Quem tem vontade de começar um perfil profissional no Instagram, conseguiu ter uma noção de que estratégias aplicar para ter um bom engajamento e uma boa base de seguidores, como utilização de hashtags, exposição de conteúdos, entre outros.
Ao fim da palestra, a Colgate realizou um sorteio e entregou kits de higiene bucal para todos os estudantes. O intuito da Colgate é auxiliar os futuros profissionais durante toda sua jornada de sucesso, desde a academia até o mercado de trabalho, e sempre dando voz aos pedidos dos estudantes com os temas mais relevantes, pois são eles quem solicitam através de um formulário.
O Programa Futuro Profissional Colgate tem como objetivo complementar a formação dos acadêmicos de Odontologia promovendo palestras com temas diversos, que contribuem para o aprendizado dos futuros profissionais da área e alcança instituições de ensino em todo o Brasil.
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Uma iniciativa dos professores e alunos do curso de Odontologia do UniFOA pretende trazer de volta o sorriso no rosto de moradores em situação de rua de Barra Mansa. Para se ter uma ideia, no Brasil, pelo menos 26.447 pessoas foram morar nas ruas em 2022. Essa população saltou de 158.191 em dezembro de 2021, para 184.638 no mês passado. Os dados foram retirados do CadÚnico, banco de dados do governo federal que é alimentado pelas prefeituras.
O projeto capitaneado pelas professoras Rosiléa Hartung, coordenadora do curso, e Alice Feres, surgiu a partir do trabalho voluntário em que ambas participam com o grupo “De mãos dadas”. A ação oferece assistência, atendimento básico e grátis aos moradores nas clínicas integradas do curso, no Campus Olezio Galotti, em Três Poços.
“O projeto ‘De mãos dadas’ oferece vários tipos de serviço à população em situação de rua, desde entrega de almoços, ações como entrega de material de higiene bucal, roupa, cobertor, entre outros. É um projeto muito além de só entregar comida. Eles muitas vezes querem apenas serem ouvidos e conversar”, contou Alice.
A partir daí, as professoras tiveram a iniciativa de criar um projeto de pesquisa para fazer um levantamento sobre a qualidade de vida, saúde bucal e de que maneira isso impacta na vida dos moradores. Atualmente, é feito um levantamento epidemiológico pela equipe do projeto, e uma pesquisa com perguntas básicas como “o que sua saúde bucal impacta na sua vida?”, entre outras.
“Para mim foi uma alegria e satisfação, porque eu consegui juntar uma coisa que é pessoal, juntamente com o trabalho: poder ajudar as pessoas e a quem mais precisa”, disse Alice.
Nesse primeiro momento, são atendidas três pessoas que chegam à clínica da instituição em um carro cedido pela prefeitura de Barra Mansa e recebem todos os cuidados dos estudantes do curso com a supervisão dos professores. E conforme os atendimentos forem se encerrando, a ideia é a de que outros moradores sejam contemplados pelo projeto.
“Eu fui conversar com o presidente da FOA, Eduardo Prado, sobre a inciativa, esse projeto e a possibilidade de isenção nas taxas da clínica, e imediatamente ele concordou em isentar as taxas. É uma oportunidade ímpar estarmos oferecendo esse serviço, porque isso é responsabilidade social, e esse é um dos papéis do Centro Universitário”, comentou a coordenadora do curso, Rosiléa Hartung.
Além do trabalho de resgate ao bem-estar e o auxílio na reinserção dos indivíduos na sociedade e mercado de trabalho, também estimula a cidadania nos alunos, pois é um papel fundamental na formação dos novos profissionais.
“Falar de odontologia humanizada é muito óbvio, pois você é um ser humano cuidando de um igual. Quanto mais realidades diferentes nós acompanharmos e observarmos e tentarmos mudar, melhor nos tornamos, como pessoa e profissionais”, observou Laura Damato, que cursa o 6º período.
A aluna do 10º período, Bárbara Siqueira enxerga esse trabalho como uma missão muito grande, pois está desenvolvendo seu papel quanto profissional e devolvendo a autoestima a quem mais precisa. “Eu tenho certeza que qualquer outro paciente que eu for atender agora, irei atender com outros olhos, com ainda mais sensibilidade e uma atenção maior”, disse.
Muitas pessoas se confundem na hora de falar, pois ambas palavras são tidas como sinônimos, mas possuem algumas diferenças. “Morador de rua”, estamos falando de pessoas que vieram a viver nas ruas por diversos motivos. É um termo com mais peso, pois é como se a residência permanente desse indivíduo fosse a rua. Já “pessoa em situação de rua”, é uma forma mais temporária, pois são pessoas que dormem em praças, debaixo de viadutos, mas durante o dia vão para outros lugares.
O UniFOA está com inscrições abertas para o processo seletivo de tutores e estudantes para o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) 2022/2023. As vagas são destinadas a alunos (a partir do 2º período) e professores dos cursos de Educação Física, Enfermagem, Medicina, Nutrição e Odontologia, desde que atendam aos requisitos que constam no edital do programa.
Os interessados devem se inscrever até o dia 25 de julho pelo link: https://forms.office.com/r/CQKQP6kKvz. Em cada curso, serão selecionados oito estudantes e um docente após avaliação classificatória conforme os critérios descritos no edital abaixo. No mesmo documento, os candidatos podem conferir os detalhes quanto a bolsas e outras informações sobre o PET-Saúde.
10ª Edição - Gestão e Assistência
Com a finalidade de aprimorar o processo de promoção da integração entre ensino - serviço e comunidade como parte da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS), o Ministério da Saúde (MS), por meio da sua Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), lança, em 2022, a 10ª edição do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde).
Com o tema “Gestão em Saúde e Assistência à Saúde”, o edital ofertará bolsas para os docentes, os profissionais de saúde e os estudantes de graduação, com o objetivo de estimular práticas de ensino-aprendizagem na realidade do trabalho em saúde, de acordo com as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Saiba mais aqui.
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