A arquitetura do Colégio Estadual Manuel Marinho é caracterizada pelo estilo colonial da década de 1940, com a presença marcante do telhado colonial característico com telhas cerâmicas, formato em 4 águas, possui beirais encurtados, recebendo o prolongamento da laje em concreto, com as varandas cobertas e seus pilares revestidos em pedra aparente.
Com edificação em dois pavimentos com linhas retas e acentuada horizontalidade, é disposto originalmente em três blocos formando um U. As esquadrias contêm os vãos de ventilação e a iluminação da edificação se faz através de pequenas janelas do tipo basculante. No acesso ao piso superior, através da escada principal, temos vãos com esquadrias de madeira em quadriculados e vidro, proporcionando iluminação e atrativo na fachada.
Na ala da esquerda onde fica o auditório tem uma cabine para projeção de filmes e acesso ao andar superior. No térreo, tem sanitários masculino e feminino, além de outros dois externos. Na ala central, fica o pátio de recreação no térreo e ao longo de toda sua extensão temos os vãos de acesso em arcos. Na base de toda a construção foi aplicado um revestimento em pedra. No andar superior estão dispostas as salas de aula e uma sacada de alvenaria.
As portas principais são formadas pela união de três portas balcão de madeira e com panos de vidro que acompanham o desenho da janela e as portas das salas de aula são compostas de folhas duplas e toda em madeira. Inicialmente nomeado como Grupo Escolar Trajano de Medeiros e inaugurado em 1945, era destinado à educação de crianças até 10 anos, tinha salas de aulas no pavimento superior, e no pavimento térreo, uma estrutura administrativa, biblioteca e salas de atividades. O grande auditório era equipado com estrutura de palco e sala de exibição de cinema, sendo um importante ambiente para abrigar as primeiras iniciativas artísticas na cidade.
O Grêmio Artístico denominado Gacemss, criado por funcionários da CSN, não possuía sua sede própria. Por isso, eles utilizavam este auditório para apresentações de peças de teatro e exibição de cinema. Em outubro de 1947, foi apresentada a primeira peça teatral “A ditadora”, do grupo de teatro mantido pelo Gacemss.
A partir de 1966 foi denominado Colégio Estadual de Volta Redonda, com a ampliação de turmas do primeiro e segundo graus profissionalizante de educação. E no mesmo ano, os professores Carlos Jorge de Melo e Tito de Paula, ambos da Escola Técnica, decidem homenagear o Amazonense Manuel Faustino Vieira Marinho, professor e pioneiro do ensino técnico profissionalizante em Volta Redonda, que organizou, implantou e dirigiu a Escola Técnica Pandiá Calógeras, a partir de 1945.
E assim, em 1966, foi denominada Colégio Estadual Prof° Manuel Marinho, e em 1989 foi transformado em Instituto de Educação Professor Manuel Marinho. Ao longo destes 70 anos desde sua inauguração o Estado executou reformas e acréscimos na sua estrutura original, o que de certa forma comprometeu a questão da originalidade e a integridade do bem tombado, como a troca de portas e janelas, pintura das paredes, sem similaridade com as originais.
No piso superior foi fechado o elemento vazado da meia parede do guarda-corpo, fechou-se os arcos do pátio de recreação, para a construção do refeitório e cozinha, houve acréscimo de telhado no pátio de recreação, na fachada principal e na parte central interna, retirada de janelas do auditório onde os vãos foram fechados com elementos vazados e a implantação de ar condicionado, com tubulação aparente, e diversos cabos de energias soltos na fachada do auditório.
Entretanto a construção de novas instalações, como um anexo com nova estrutura educacional, uma quadra esportiva com vestiário, casa para o zelador da escola e a implantação de uma rampa em estrutura metálica, foi a solução mais adequada.
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