Do ponto de vista arquitetônico, o Memorial Zumbi é um anfiteatro no verdadeiro sentido da palavra. Uma união de 2 teatros no formato de semicírculos que juntos formam uma estrutura circular. O termo anfiteatro significa, precisamente em grego, dois teatros, pois o prefixo amphis quer dizer dois. Na parte central está localizada a arena (o palco), o lugar onde se realizam as atividades destinadas a entreter o público.
Em torno da arena ficam as cáveas, utilizadas como salas de exposições e as arquibancadas, que no passado servia para separar as classes sociais, onde os andares mais altos se destinavam aos de maior nível socioeconômico. A área de apresentações conta com o arena e arquibancada em concreto, sala de pesquisa e salão de exposições. O serviço é composto de pequenos cômodos usados como depósito, sala administrativa, copa, hall e sanitários feminino, masculino e para deficientes.
Foram utilizadas estruturas de ferro e vidro, além de acabamento cerâmico no piso. Na ocasião da sua construção, em 1990, não foi prevista nenhum tipo de cobertura, acrescentada na intervenção de 2009 com a utilização de lona tensionada dando as formas das fachadas frontal e lateral. Já a fachada posterior é uma estrutura em semicírculo de concreto, com esquadrias em ferro e vidro. O paisagismo é composto de espécimes originalmente tropicais, de colorido exuberante, entremeadas com pedras tipo seixo rolado.
O Memorial Zumbi se localiza no polo cultural da cidade, coração da Vila Santa Cecília, ao lado do Memorial Getúlio Vargas, nas proximidades do Espaço Cultural Zélia Arbex, Galeria de Arte Cílio Bastos, Teatro GACEMSS, Cine 9 de abril e clubes Umuarama e dos Funcionários. Possui ainda fácil acesso por se encontrar na área central da cidade, onde muitos podem ir a pé e ainda com acesso a várias linhas de ônibus.
Hoje o Memorial conta com uma exposição permanente de fotos de quilombolas da região, doadas pelo fotógrafo André Sodré, além do Painel Zumbi do artista plástico Clécio Penedo, uma acrílica sobre madeira, que pertence ao acervo do centro cultural. Hoje, o espaço recebe constantes exposições, eventos e shows, além de contar com uma biblioteca voltada para escritores e literatura negra, sendo motivo de orgulho para cidade de Volta Redonda.
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