4 erros de português mais comuns para você evitar na redação do Enem

Quem está se preparando para o vestibular, deve se atentar à grafia correta de algumas palavras, às regras gramaticais, mas também aos erros de português mais comuns que devem ser evitados no texto.

O vestibular, assim como o Enem, funciona como um funil: qualquer errinho na sua redação pode distanciar você de realizar o sonho de cursar a profissão desejada.

Por isso, esclarecemos, aqui, algumas regras que você deve memorizar para garantir uma nota adequada no Enem e, consequentemente, a sua aprovação no vestibular. Vamos lá?

1. Uso dos pronomes demonstrativos

Embora a gramática esteja sempre se modificando, ainda valem as regras sobre os pronomes demonstrativos, mais especificamente: este, esta, isto, esse, essa, isso, aquele, aquela, aquilo. Por isso, é importante memorizar.

O que você deve tomar como base para não errar ao usar esses pronomes é a proximidade entre o falante e a coisa de que ele está falando.

Sendo assim, os pronomes “este”, “esta” e “isto” dizem respeito a algo que está perto da pessoa que fala. Então, quando você diz: “este livro é meu”, o livro a que se refere está fisicamente perto de você.

Já os pronomes “esse”, “essa” e “isso” são usados quando o objeto de que se fala está mais perto do interlocutor. Se estiver conversando com um amigo sobre o livro que está próximo dele e não de você, o correto é dizer “esse livro é seu”.

Finalmente, ao mencionar “aquele livro é seu”, o objeto em questão está distante de você e da pessoa com quem fala. Do mesmo modo, deve utilizar os termos aquela e aquilo.

2. Ausência de vírgulas (ou em excesso)

Uma vírgula empregada incorretamente pode mudar o sentido da frase. Por isso, seus professores insistem tanto para que a use corretamente. Se uma vírgula pode alterar a ideia de uma frase, imagine a falta dela.

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Numa frase como “não, sou inocente”, a presença da vírgula pode ser a salvação da sua vida, pois, ao retirá-la, o sentido muda de uma alegação de inocência para uma confissão de culpa. Veja: “não sou inocente”.

Algumas dicas básicas sobre vírgula podem ajudar o seu texto a fazer sentido para o leitor. Anote e não erre mais!

Nunca separe o sujeito do verbo ou de seus complementos

Por exemplo: o uso de vírgula é importante para a qualidade do texto.

Para dar uma explicação no meio da frase (aposto)

Você deve usar vírgulas para sinalizar a inserção da informação.

Exemplo: Pelé, o Rei do Futebol, esteve nesta escola.

Uso de vocativo também exige vírgula

Esse tipo de construção evoca um nome, uma pessoa. Um bom exemplo é: “Ninguém gosta de errar a vírgula, Márcia.”

Ou ainda: “Ninguém gosta, Márcia, de errar a vírgula.”

Coloque vírgula antes de conjunções

Exemplo: “Ninguém explicou o uso da vírgula, por isso cometi erros na redação.”

Existem outras regras relacionadas ao uso da vírgula. Mas, se essas normas estiverem memorizadas e entendidas na hora da redação, a garantia de que sua nota será preservada é maior.

3. Uso incorreto dos conectivos

Conectivos, como o próprio nome indica, ligam frases, a fim de tornar seu texto organizado e coeso. Uma redação é elaborada com sentenças e parágrafos que se relacionam entre si e não com orações justapostas.

Há alguns usos incorretos dos conectivos que podem prejudicar a compreensão das ideias do texto, tornando-o contraditório ou mesmo difícil de ler. Confira quais erros são esses!

Usar o conectivo errado

O conectivo existe para facilitar a leitura, uma vez que organiza as ideias do texto de maneira lógica. Mas, se você não souber o significado correto dessas palavras ou expressões, pode mudar ideias tornando-as incoerentes ou incompreensíveis.

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Na frase feita “Penso, logo existo”, a palavra “logo” indica uma relação de conclusão. Quando mencionamos a sentença, a mensagem que passamos é a de que o pensamento é a razão pela qual sabemos que existimos.

Se mudássemos, porém, esse conectivo para “Penso, todavia existo”, o efeito seria o contrário. O sentido da palavra “todavia” é de oposição. Então, a mensagem seria a de que apesar de pensarmos, nós existimos.

Viu só? A relação de causa e consequência da frase original estaria anulada, se modificássemos o conectivo para construir uma relação de oposição.

Está aí a importância de entender bem o significado dos conectivos que emprega. Ficou em dúvida? Consulte o dicionário ou, se estiver na hora da prova, troque por outro termo que já é seu conhecido.

Esquecer-se de usar conectivos

Alguns estilos de texto, como a poesia e outros textos criativos, podem se dar ao luxo de evitar conectivos. Mas, numa redação, quando é o seu conhecimento que está em jogo, não vale a pena arriscar.

Inclusive, porque o tipo de texto mais exigido pelo vestibular e pelo Enem é o discursivo-argumentativo. Nesse caso, você está explicando e defendendo a sua ideia. Quanto mais claro estiver o seu texto, melhor.

Pense que o uso de conectivo funciona como se estivesse pegando o corretor na mão e levando-o a entender o que se passa na sua cabeça. Ele precisa entender o quê e como você quer discutir o tema da redação. Os conectivos vão ajudá-lo no processo.

Usar conectivos em excesso

Observe a frase: “usar conectivos é, assim sendo, uma forma de tornar, portanto, o seu texto compreensível evitando que, de outro modo, suas ideias sejam mal-interpretadas.”

Esse tipo de sentença pode parecer bem escrita, mas apresenta um excesso de palavras e expressões que podem prejudicar a fluidez do texto. Imagina uma redação inteira escrita dessa forma? Pois é!

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Lembre-se de que o revisor vai ler um alto número de redações por dia. Então, vamos tornar o seu texto agradável e fácil de ser entendido, combinado?

Olha como fica bem mais fácil de ler e captar a mensagem do exemplo acima citado: “usar conectivos é uma forma de tornar o seu texto compreensível evitando que suas ideias sejam mal-interpretadas. ” Se quiser manter apenas um, o resultado é: “usar conectivos é uma forma de tornar o seu texto compreensível evitando que, de outro modo, suas ideias sejam mal-interpretadas.”

Conectivos são importantes. Mas não peque pelo excesso, combinado?

4. Convenções de escrita

Por mais que muitas palavras sejam fáceis de entender, ainda que estejam escritas incorretamente, existe uma convenção que prevê qual a grafia correta que devemos empregar nos nossos textos.

Por exemplo, a palavra “exceção” gera dúvidas nos alunos, pois tem mais de uma letra com o som de “s”. Porém, houve uma definição prévia de como o termo deve ser escrito.

Caso você não respeite esse acordo e escreva de maneira incorreta, sua nota da redação ficará comprometida. Para não cometer esse tipo de erro, o ideal é ler muito e sempre desconfiar de palavras que você não conhece bem. Estude bastante antes da prova e pesquise sempre qual a grafia correta até memorizá-la.

Com essas dicas, você garante que seu texto fique livre dos erros de português mais comuns nas redações do Enem. Treine a escrita, desenvolva o seu raciocínio e faça uma boa prova!

Para arrasar (no bom sentido) na sua redação, leia nosso texto “4 técnicas de redação para melhorar a sua nota na prova”!

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Luciana Pereira Pacheco Werneck

Especialização em Gerenciamento de Projetos
Data de admissão: 01/02/2018
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