A relação entre música e concentração nos estudos sempre gerou debates. Por muito tempo, acreditava-se que ouvir música enquanto se estuda atrapalhava o rendimento. No entanto, estudos mais recentes mostram que determinados estilos podem, sim, melhorar o foco e o desempenho cognitivo. Apesar da resistência inicial, muitas pessoas sempre relataram conseguir estudar com música de fundo. Com isso, diversos estudos foram conduzidos para entender como o som pode interferir — positiva ou negativamente — na nossa performance cognitiva.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Reabilitação (SABRA), estudos científicos indicam que a música pode ser uma ferramenta eficaz no processo de desenvolvimento cognitivo e social, afetando diretamente a formação do cérebro e favorecendo habilidades como a imaginação e a criatividade.
Além disso, cuidar da saúde mental é essencial para manter a concentração e o bem-estar nos estudos. Em nosso conteúdo especial sobre saúde mental e bem-estar, você encontra orientações práticas que complementam o uso da música como aliada do aprendizado.
O que foi descoberto é que, de fato, existem estilos que podem ser eficazes para o aprendizado. A regra geral é que eles não devem tirar seu foco de maneira direta. As músicas devem servir como um “pano de fundo”, e não propriamente como uma fonte de lazer, pelo menos no momento do seu aprendizado.
Nesta postagem, nós falaremos quais são os melhores estilos para turbinar sua concentração e deixar seus estudos menos monótonos durante a semana. Ficou interessado e quer saber mais? Continue sua leitura até o final!
1. Músicas instrumentais
A princípio, os estilos que mais facilitam a concentração são os instrumentais. Aqui, não importa exatamente qual estilo de música, ela pode ser eletrônica, hip hop, rock, blues, jazz ou qualquer outro gênero que seja do seu agrado.
Entretanto, é preciso fazer algumas distinções importantes: a música não deve estar muito alta, o estilo não pode ser tão agressivo a ponto de distrair sua leitura e é preferível que a música tenha alguma composição repetitiva e pouco complexa.
Cada um desses pontos ajuda a escolher a melhor trilha sonora para o seu estudo. Estilos como o lo-fi (hip hop) e o jazz costumam ser alguns dos mais apropriados para o aprendizado.
2. Ruído branco e sons da natureza
O ruído branco é aquele som repetitivo, agradável e que não apresenta uma definição muito clara. Esses tipos de ruídos apresentam variações e normalmente são utilizados para mascarar sons externos que afetam nossa atenção.
Muitas pessoas utilizam sons da natureza para conseguir um efeito calmante. Os barulhos de chuva, de ondas e até mesmo de animais dentro da selva, por exemplo, são utilizados para mudar a ambientação e trazer uma certa tranquilidade para quem está ouvindo.
O ponto importante aqui é que o ruído branco ainda não é totalmente comprovado pela ciência. Além disso, existem indícios de que, em excesso, pode haver malefícios para a audição. Para não errar na dose, é importante maneirar o volume e a duração desse ruído durante seu dia. Como um adendo, saiba que existem músicas instrumentais com ruído branco. Com uma pesquisa rápida no YouTube, por exemplo, você consegue encontrar uma listagem enorme sobre esse tipo de áudio.
3. Música clássica
Por fim, fica aqui nossa recomendação honrosa para a música clássica, que há muito tempo aponta vários benefícios para nossa cognição. Apesar de pouco popular, a música clássica é extremamente agradável e traz consigo uma enorme cultura.
Para quem vai estudar, esse tipo de gênero pode ser outra grande escolha. Entretanto, não se esqueça de maneirar no volume e de escolher trilhas que realmente sejam condizentes com um momento de aprendizado. Todas as regras acima se aplicam aqui também.
Conclusão
Agora que você conhece os estilos musicais mais indicados para manter o foco, experimente incluí-los na sua rotina de estudos. Evite playlists agitadas ou com letras, já que esse tipo de música pode comprometer a concentração — especialmente pela tendência de cantar junto ou se distrair com a melodia. Lembre-se: o som deve complementar o aprendizado, não competir com ele.
