Enfermagem do trabalho: saiba o que é e como trabalhar na área!

Quando se fala em carreira profissional, o desejo da maiorias das pessoas é se especializar em uma área em pleno desenvolvimento, que tenha um mercado de trabalho amplo e disponível em diversos locais de atuação — com os enfermeiros isso não é diferente! Então, resolvemos falar um pouco mais da Enfermagem do Trabalho neste post.

Em meio a tantas opções dentro da profissão, essa é uma vertente que vem crescendo à medida que a necessidade e a preocupação das empresas de ter um enfermeiro responsável aumentam.

Como a saúde e o bem-estar da equipe passaram a ser aspectos primordiais, essa é uma boa oportunidade para quem tem interesse no curso de Enfermagem. Se esse é o seu caso, acompanhe toda a leitura a seguir para desvendar as principais informações sobre a área!

O que é a Enfermagem do Trabalho?

Se você ainda não sabe muito bem do que se trata, não se preocupe. De fato, essa é uma área razoavelmente nova, que surgiu a partir da necessidade de se ter um profissional da saúde atuando internamente em instituições e empresas de diversos segmentos.

Na verdade, a ideia já existe há algum tempo, mas a Enfermagem do Trabalho como profissão e especialização só se desenvolveu nos últimos anos. A princípio, era vista apenas dentro de um parâmetro micro, em que o profissional — nesse caso, o enfermeiro — poderia realizar apenas o atendimento emergencial dentro de um local de trabalho específico.

Hoje, depois de passar por uma ampliação e com um maior entendimento do mercado, a área reconhece que o desempenho dos profissionais também é estendido. Um fato que contribuiu muito para isso foi a regularização das medidas de segurança e proteção à saúde do trabalhador por meio da Norma Regulamentadora (NR 4).

Logo, o profissional com essa formação passou a integrar a equipe do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) dentro das empresas.

Quem pode atuar?

Nesse novo contexto de expansão da área, podem atuar todos os graduados, técnicos e auxiliares de Enfermagem — desde que devidamente especializados em Enfermagem do Trabalho.

A grande diferença é que o grau de formação de cada um desses profissionais será determinante para as atribuições de cada um e, consequentemente, para a ocupação das vagas disponíveis.

estudante que fez um curso superior completo é o responsável pelo cargo de enfermeiro do trabalho, com capacidade de assumir atividades mais complexas e responder pelo setor em uma empresa ou instituição.

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Já os técnicos e auxiliares de Enfermagem são aqueles que fizeram cursos de menor duração, geralmente de nível médio. Isso não impede que eles trabalhem com a Enfermagem do Trabalho, mas significa que devem integrar o time como auxiliares.

O que é preciso para ser um profissional dessa área?

Antes de mais nada, é necessário ter a graduação em Enfermagem para ser qualificado como um profissional da área. Além disso, é crucial ser membro inscrito no Conselho Regional de Enfermagem (Coren), que é um requisito obrigatório para quem deseja exercer a carreira no país.

Então, o próximo passo é buscar uma especialização em Enfermagem do Trabalho que, em geral, tem duração de dois semestres, dependendo da instituição de ensino escolhida. A grade curricular desse curso conta com matérias específicas, como:

  • Legislação em Saúde do Trabalhador;
  • Saúde Mental no Trabalho;
  • Atenção à Saúde do Trabalhador;
  • Doenças Ocupacionais;
  • Biossegurança;
  • Ergonomia;
  • Vigilância em Saúde do Trabalhador.

Embora a formação básica seja essa, é importante que o profissional que se dedica a esse campo tenha consciência de que algumas características comportamentais são relevantes para o seu sucesso.

Alguns exemplos são: proatividade, empatia, comprometimento, liderança e disposição para trabalhar em equipe. A boa comunicação é outro traço especial para esse tipo de perfil, já que muitas vezes é preciso lidar diretamente com o público dando palestras e passando informações aos trabalhadores. 

Onde poderá trabalhar?

O enfermeiro do trabalho pode atuar dentro de empresas ou instituições como: 

  • hospitais;
  • escolas;
  • postos de saúde;
  • fábricas;
  • indústrias;
  • comércio;
  • sindicatos, entre outras. 

Ou seja, pode-se atuar em qualquer instituição que esteja preocupada com a saúde do seu trabalhador e que atenda à Norma Regulamentadora já citada.

Outra possibilidade é ter um negócio próprio para prestar consultoria especializada para algumas empresas e diversificar a fonte de renda. Nesse sentido, é possível trabalhar como autônomo ou realmente abrir um empreendimento.

A carreira acadêmica também não pode ser desconsiderada como alternativa, especialmente por quem gosta da atividade de docência ou de pesquisa.

Quais são as empresas que precisam desse profissional?

Essa é uma dúvida comum entre as pessoas, mas é importante ressaltar que a questão não é o tipo de empresa, e sim o seu ramo de atuação ou porte. Todas as organizações que tratam a saúde do trabalhador como prioridade vão se beneficiar com o suporte de um profissional especialista.

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O que acontece é que existem casos em que a integração de um SESMT é obrigatória, o que vai variar de acordo com o número de funcionários e com o grau de risco da atividade principal exercida.

O que faz um enfermeiro do trabalho?

O enfermeiro responsável pela área prestará serviços relacionados à saúde em alguma empresa, e suas atividades permearão em torno do planejamento de ações e diretrizes no ramo da Enfermagem, por exemplo:

  • prestar primeiros socorros aos colaboradores em urgências dentro da empresa;
  • acompanhar a saúde do trabalhador no ambiente de trabalho;
  • elaborar projetos que visam minimizar os riscos de acidentes e doenças ocupacionais;
  • estudar e observar as condições de higiene, insalubridade e periculosidade no ambiente de trabalho;
  • identificar riscos e coletar dados de doenças ocupacionais;
  • estimular ações com o intuito de preservar a integridade física e mental do trabalhador;
  • instruir o trabalhador quanto à importância dos equipamentos individuais de segurança para a saúde;
  • educar os trabalhadores quanto à prevenção de acidentes;
  • supervisionar técnicos e auxiliares quanto à sua função;
  • treinar os integrantes da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) no que se refere à prevenção de doenças dos colaboradores;
  • atender às necessidades do trabalhador, entre outras atividades, como palestras e cursos.

Para cumprir tais responsabilidades, o enfermeiro graduado deve trabalhar em conjunto com técnicos e auxiliares, e também com profissionais de outras áreas.

Qual é a diferença entre o enfermeiro do trabalho e o tradicional?

A principal diferença entre esses dois profissionais está relacionada às suas competências e ao ambiente de trabalho. Enquanto o enfermeiro do trabalho cuida dos colaboradores de uma instituição, o enfermeiro tradicional atua chefiando e supervisionando o trabalho da Enfermagem diretamente com os pacientes em uma clínica ou hospital, por exemplo.

Além disso, o enfermeiro tradicional presta cuidados de Enfermagem de maior complexidade, incluindo situações em que os pacientes estão internados em unidades de terapia intensiva ou se recuperando de um procedimento invasivo. Ele pode ainda prescrever alguns medicamentos e agir na prevenção e no controle de infecção hospitalar ou outras doenças.

Sendo assim, o foco da atuação é bem diferente, até porque não é possível fazer o atendimento de um paciente dentro do ambiente corporativo.

O técnico em Enfermagem pode ser um enfermeiro do trabalho?

Por definição, esses são dois tipos de profissionais distintos — inclusive pela formação que receberam para atuar no mercado. O técnico pode auxiliar um enfermeiro do trabalho, sendo parte essencial para o sucesso das ações promovidas em uma instituição.

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Contudo, ele só vai se tornar um enfermeiro do trabalho se fizer a faculdade de Enfermagem e, posteriormente, a especialização requerida. Enquanto isso, deverá continuar na função de técnico.

Como é o mercado de trabalho?

As perspectivas de sucesso nessa área da Enfermagem são altas, pois, cada vez mais, as empresas se conscientizam da importância da prevenção de doenças ocupacionais e dos acidentes de trabalho como forma de melhorar as condições e a saúde de seus trabalhadores. Aliás, a produtividade como um todo também é beneficiada.

Com isso, as vagas no setor aumentam, trazendo mais oportunidades para quem quer seguir essa carreira. Falando em remuneração, os salários podem variar entre R$ 2 mil e R$ 5 mil, de acordo com a empresa contratante, seu porte, estrutura e até localização.

O Guia de Profissões e Salários da Catho aponta a média salarial no Brasil de R$ 3.207,68 para um enfermeiro do trabalho. Um detalhe que deve ser observado é que a jornada parcial de 3 horas diárias é comum nesse caso. Portanto, muitos profissionais acumulam duas ou mais fontes de renda, aumentando as possibilidades de faturamento.

Como vimos, a especialização em Enfermagem do Trabalho é exatamente uma via de mão dupla, trazendo resultados positivos tanto para a empresa quanto para a área.

A relação de custo-benefício é evidente, pois a empresa proporciona o acompanhamento da saúde e, em consequência, o colaborador sente mais segurança em relação ao seu trabalho, apresentando um maior desempenho.

Com essa atividade, é possível diminuir os riscos no ambiente de trabalho e melhorar a qualidade de vida do trabalhador — o que é uma ótima contribuição para a sociedade, não é mesmo?

Enfim, a Enfermagem do Trabalho é uma das especialidades que mais crescem no mercado, e a tendência é ampliar ainda mais os seus horizontes. Por sua vez, o profissional deve investir em capacitação para alavancar sua carreira e atuar sempre com muita responsabilidade.

Agora que você já está por dentro do assunto, não esqueça de escolher um curso de qualidade para iniciar a sua trajetória profissional. Aproveite para complementar a sua leitura e conhecer 5 motivos para estudar no UniFOA!

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Luciana Pereira Pacheco Werneck

Especialização em Gerenciamento de Projetos
Data de admissão: 01/02/2018
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